Introdução: A anatomia é o estudo da morfologia dos diversos sistemas que compõem o corpo humano. Com o isolamento social devido a pandemia do coronavírus, frequentar espaços acadêmicos torna-se inviável, como laboratórios. Anatomia virtual é a simulação realista da anatomia visível e pode ser uma alternativa a situação. É realizada em ambientes virtuais, computadores, óculos de realidade aumentada, dispositivos móveis, etc. Assim, cabe analisar se simulação virtual pode ser uma alternativa ao ensino prático da anatomia. Objetivo(s): Determinar se simulações virtuais de estruturas do corpo humano são viáveis para o ensino prático anatômico durante distanciamento social. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com artigos indexados das bases de dados BVS, SciELO, PubMed e Google Acadêmico. Foram utilizados os descritores: anatomia, educação em saúde e simulação virtual nos idiomas inglês e português. Os critérios de inclusão foram artigos completos publicados entre os anos de 2010 a 2020. Ao final, foram selecionados 11 artigos para compor a base bibliográfica. Resultados: Seu uso melhora o ensino de anatomia, aprimora o aprendizado independente e solução de problemas e fornece flexibilidade. Permite também aos alunos visualizar, dissecar, interagir com objetos, mais autonomia na escolha de diferentes vistas e ângulos, portabilidade, longevidade, padronização, variações e diversidade simuladas no espaço 3D artificial sem exigir armazenamento, infraestrutura de ventilação ou embalsamamento necessárias a um cadáver. É possível explorar o conteúdo e interagir entre os usuários, pois visualizam o mesmo assunto na mesma sala virtual. A utilidade e a relação custo-benefício foram notadas e as atitudes dos alunos também foram positivas. Apesar das vantagens, quando o ensino é realizado em cadáveres e simulações virtuais, os alunos tendem aplicar melhor o conhecimento no meio que aprenderam. Conclusão: Foi verificado que simulações virtuais podem ser uma alternativa para o ensino prático da anatomia durante distanciamento social para o aprendizado dos discentes quando impedidos de frequentar laboratórios anatômicos. Entretanto, é de uso paliativo e apenas em casos excepcionais, como na pandemia do coronavírus, tornando-se indispensável a prática anatômica presencial junto a docentes e monitores. Portanto, pode melhorar a aprendizagem complementando, em vez de substituir, os métodos tradicionais de ensino.
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